A Volta do Maximalismo: A Tendência da rua que conquistou a passarela
- Glamoda Plus
- 5 de mar.
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Nos últimos anos, o mundo da moda tem experimentado um retorno triunfante ao maximalismo, um movimento estético que celebra o exagero, o drama e a opulência. Em contraste com o minimalismo discreto que dominou a última década, os acessórios maximalistas emergem como protagonistas indiscutíveis das coleções mais recentes. Grandes marcas, como Gucci, Valentino e Balmain, apostaram sem medo em colares enormes, brincos esculturais e anéis repletos de pedras preciosas para suas passarelas. E se depender das celebridades e influenciadores, essa tendência veio para ficar.
O maximalismo não se resume apenas ao tamanho, mas também à mistura de materiais, cores e estilos. Peças com detalhes barrocos, pedrarias brilhantes, pérolas gigantes e camadas sobre camadas definem essa estética exuberante. Durante a última temporada de moda em Paris, por exemplo, a Chanel surpreendeu ao combinar colares em cascata com broches gigantescos, enquanto a Versace investiu pesado em pulseiras de couro com aplicações douradas que mais pareciam obras de arte.
Muito antes de dominar as passarelas internacionais, o maximalismo já fazia parte da estética das periferias e da cultura negra. Brincos grandes, correntes douradas, anéis chamativos e a mistura ousada de cores sempre foram marcas registradas de quem transforma a moda em expressão de identidade e resistência. Nas quebradas brasileiras e nos movimentos afro-americanos, os acessórios maximalistas representam mais do que estilo: são símbolos de empoderamento, ancestralidade e status.

“A estética maximalista sempre esteve presente nas culturas negras, seja nos turbantes adornados com pedrarias, nos colares de miçangas ou nos brincos de argola. É uma forma de ocupar espaço e afirmar nossa presença”, explica a estilista Jéssica Monteiro, especializada em moda afro-brasileira.
Essa apropriação das tendências pela indústria da moda reforça a importância de reconhecer e valorizar as raízes periféricas e negras do maximalismo. Afinal, o que hoje vemos nas vitrines de luxo nasceu das ruas, dos bailes funk, do hip-hop e das tradições africanas reinventadas.
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